segunda-feira, 30 de novembro de 2020

08/11/2020 PARTE 1: FAMÍLIA GEISSE, VALMARINO & SAGÚ ME PERSEGUINDO...HEHEHEHE...

A história da família Geisse é interessante, um chileno, chamado Mário Geisse veio para o Brasil para gerenciar a Chandon, com o conhecimento que já possuía, resolveu montar a própria vinícola e lógico, especializada em espumantes. Hoje a vinícola brasileira é administrada por seus dois filhos.

Sua extensa lista de vinhos conta com a presença de criações famosas, como o Cave Geisse Espumante Terroir Nature, indicado no livro 1001 Vinhos para Beber Antes de Morrer, e o Cave Geisse Espumante Blanc de Blanc Brut, que já esteve entre os Top 10 Vinhos da América do Sul, segundo a Revista Forbes.
Mario também é enólogo chefe da Casa Silva, respeitada vinícola chilena que, desde 1997, elabora premiados vinhos na região do Vale de Colchagua.

Lógico que, como sempre falo, não há curiosos neste ramo, a visita é relativamente comum, como todos os espumantes produzidos pelo método tradicional, são duas fermentações, uma delas dentro da garrafa e estas são fechadas com tampinhas de refrigerante para este processo, igual na Moet Chandon, não é só aqui não.

Lugar bem interessante, como todas as adegas de quem capricha.

Acima, as citações dos espumantes por publicações famosas.
Lojinha, uma das mais sofisticadas que vimos até agora.



Hehehehe...povo mais palhaço impossível...HAHAHAHAHA...
Casalzinho ponta firme, é abrir a boca e falar bora? Nem perguntam pra onde...hehehehehe... e olha que o Zé é cervejeiro, toda vez encara os vinhos. Claudinéia gosta dos dociiiiiinhos...desta vez experimentou uns bem legais.

    Outra coisa, prova agradabilíssima, ao ar livre, lugar lindo, muito agradável, despojado e tranquilo.

Toscana? Não, Pinto Bandeira mesmo...hehehehehe...dá uma espiada abaixo, se não fossem as araucárias denunciando daria pra confundir, facinho.




Bora que tem mais!!!

Aí, vc sai de uma vinícola tranquilão e vai pra outra, de cara adivinha? Robson e Lílian (Lia) , amigos de Naviraí, de boas, tomando um vinhozinho, mundo pequeno...HAHAHAHAHAHA...imagine se alguém estivesse fazendo algo de errado?

A gente nem tem o que falar sobre visita VIP, o dono da vinícola abandonou o churrasco com a família para nos acompanhar, fantástico.


Trouxe um destes pra experimentar, Leonel comentou que é considerado um dos melhores Cabernet Franc do mundo.
Leveduras bem visíveis nesta garrafa.
Acho que dá pra tomar uma ou duas...
O empreendimento familiar começou em 1978 com o plantio das primeiras uvas viníferas. Uma Família de origem Italiana e centenária, onde pela tradição e vocação Orval Salton e filhos criaram o Estabelecimento Vinícola Valmarino oficialmente em 15 de setembro 1997. O nome homenageia os antepassados oriundos de Cison de Valmarino, Treviso - Itália.
Cultivam atualmente 21 ha de vinhedos. Hoje trabalham com duas marcas, a Linha Tre Fradéi composta por produtos mais frescos e frutados sendo ideais ao consumo diário. E a Linha Valmarino para vinhos e espumantes diferenciados que apresentam uma maior complexidade de sabores e com potencial de guarda.
Aí em cima, copiado do site deles dá uma idéia da dedicação da família.
Sabe que o sagú tá bem bonito...hehehehe...mas não foi desta vez.

sexta-feira, 27 de novembro de 2020

07/11/2020 PARTE 2: LARENTIS, PIZZATO, DRONE & JANTINHA LEVE...NÃO, PERA...

Após o almoço, a epopéia continuou, a Larentis é uma vinícola familiar, relativamente recente na produção de vinhos próprios, antes vendiam as uvas para outros produtores. O lugar é muito legal, agradável.
Preços atrativos, uvas diferentes, a de baixo aí, nunca tinha tomado.

Uvas selecionadas manualmente nos melhores vinhedos da Família Larentis. Elaboração tradicional com controle de temperatura durante a fermentação. Realizou a fermentação malolática. Envelhecimento em barricas de carvalho francês por 8 meses. Depois de engarrafado descansou na cave por um ano antes de ser comercializado.

Produção Limitada 7.000 garrafas numeradas.
Novamente copiado do site deles, mas dá pra entender o capricho deles.

Lugar show de bola para passar uma tarde e compartilhar uma garrafa.
Fomos na Pizzato, estava bem cheia, então resolvi dar uma volta de drone ali por cima.
Tem 4 na foto aí de baixo, mas uma tá escondida...hehehehe...
A região é linda, esta foto de baixo ficou show de bola.





Vinho mais premiado deles.

Concentus, do latim, significa harmonia, concerto, acordo, consenso. Personifica a arte enológica de se mesclar diferentes varietais com o objetivo de elaborar um vinho harmônico, resultado da soma das qualidades de cada um dos componentes: as variedades de uva Merlot, Tannat e Cabernet Sauvignon.

Elaborado a partir de vinhedos próprios no vale dos vinhedos, local onde a família Plínio Pizzato foi pioneira na condução em espaldeiras (simples e lira) desde meados dos anos 1980.

Presente desde a colheita 2002, sempre esteve entre os mais destacados vinhos de corte (ou blend, assemblage) brasileiros. Está presente em pontos de referência gastronômica na Europa e EUA. Mais uma vez o resuminho feito pela própria vinícola.

Aí chegou a hora da janta, eu não consigo entender qual parte de um jantar LEVE, o Leonel não entendeu...HAHAHAHAHA...pq se isso for a idéia de jantar leve dele, não posso ficar mais que 3 dias nesta região. Tinha mais coisas, mas não coube na foto.
Meu capeletti in brodo, não faltou nenhuma vez.

quinta-feira, 26 de novembro de 2020

07/11/2020 PARTE 1: ALMAÚNICA, MIOLO & ALMOÇO.

9hs da matina encontramos o Leonel e a esposa, Elena, ele, dono de uma loja de vinhos em Santa Maria - RS, dá pra dizer fácil, que é um profundo conhecedor de vinhos e vinícolas brasileiras, pensa nas aulas que ele deu pra gente, ela, professora universitária com pós doutorado em Portugal (fraquinha a moça...hehehehe...) e apaixonada por vinho e gastronomia, contou de um coq au vin ( https://pt.wikipedia.org/wiki/Coq_au_vin ) que fez dias antes, deu água na boca.
Começamos pela Almaúnica, uma das vinícolas que mais chamou atenção, quando o Leonel nos enviou a primeira leva de vinhos brasileiros. Só de chegar já percebemos que ninguém está de brincadeira neste ramo. Ao mesmo tempo, uma notícia triste, um dos sócios, Márcio Brandelli, amigo do Leonel e da Elena faleceu no início do ano, era um apaixonado pelo que fazia. Mas é nítido que a irmã, toca o negócio com o mesmo capricho.
Pode parecer clichê, mas não parece Brasil...hehehehehe...
Tomando os cuidados mínimos por conta do coronga, mínimos, mas necessários.
Lembra a Toscana, mas apenas lembra, pq conforme os dias se passaram, a personalidade brasileira das vinícolas e dos vinhos ficou bem clara.



Então tem curioso no ramo? Onde?
Da esquerda pra direita, Elena, Leonel, Karen, Eu, Zé e Claudinéia.
A propósito, os dois, viajaram cerca de 300km para encontrar a gente em Caxias do Sul, é mole? Não vou postar todos os vinhos de cada vinícola que provamos, apenas exemplos que nos chamaram muito a atenção.
Estes dois aí topam qualquer parada, desde que o almoço não atrase (no caso do Zé, a Claudinéia não liga...hehehehehehe...)


Segunda vinícola do dia, Miolo, este é um dos maiores players dos vinhos brasileiros, além de um dos mais conhecidos, desde sucos, até vinhos únicos de mais de US$100.00 (pra ficar fácil de entender o preço no futuro, se colocar em reais, talvez fique defasado).

O Miolo Lote 43 é a homenagem ao italiano Giuseppe Miolo, patriarca da família, que chegou ao sul do Brasil no ano de 1897, na região em que hoje está localizado o belo Vale dos Vinhedos. O vinho carrega o nome da terra comprada pelo imigrante no ano da sua chegada. Em 2008, estas terras ficaram dentro da demarcação com Denominação de Origem da primeira região vitivinícola do Brasil. O Miolo Lote 43 é produzido com uvas Merlot e Cabernet Sauvignon, reunidas em um corte harmônico selecionado pelo enólogo da família, Adriano Miolo.

Texto marcado em negrito foi copiado do site deles, fica mais fácil entender, pra mim, este aí e o Quinta do Seival (CS e castas portuguesas) são os melhores exemplos de vinhos brasileiros excelentes e com preços bem aceitáveis.
Parece foto de propaganda aí em cima...hehehehehe...os vinhedos que estão na foto, são os vinhedos do Lote 43. E abaixo a sala de aula, foi bom saber que oferecem cursos rápidos pra quem quer aprender um pouco mais sobre vinho.
Pipas abaixo era feitas de araucária, hoje guardadas como parte da história.
Cave, não perde nada para nenhuma vinícola que visitamos até hoje.
Isso aí de baixo é da minha época.
Eu como sou fã de garrafas grandes, pedi para o Zé colocar a mão em uma das garrafas Imperiais de Millésime de 6 litros.


Personagens permanentes da viagem toda, as araucárias são um capítulo a parte.
Prédio principal da Miolo.

Partiu almoço e que almoço, excelente por sinal e finalmente o capeletti in brodo que queria comer desde ontem a noite. Tudo muito bom na parte dos comes.
Já na parte dos bebes, resolvemos experimentar um vinho da própria vinícola onde fica o restaurante, Leonel comentou sobre um detalhe do proprietário, mas resolvemos experimentar, serviu para, pela primeira vez (pra mim) prestar atenção e notar um defeito grave em um vinho, sem ninguém comentar. O aroma era de curral, esterco, é mole? Parece que é causado por um fungo chamado Brettanomyces ou Brett para os íntimos, o vinho não estava estragado, apenas era ruim e com um defeito grave no meu ponto de vista.
Taí o capeletti, veio só um pouquinho, eu poderia comer uma panela disse. Depois repeti, mas já estava uma bola, não coube muito.
Risotto...
Capeletão recheado de abóbora com carne seca, acho que é Tortelli que fala, mas lá chamam de Tortei.
Codorna, o único defeito que tem é que precisa de uma meia dúzia pra começar a ter graça. Não rende.

Mais risotinho, o de cima é espaguete a carbonara.
Carneirinho, neste opnto eu não aguentava mais ver comida, só tinha deixado um espacinho para a segunda dose de capeletti.
Neste ponto, a ambulância já havia sido chamada para me levar de volta pro hotel...hehehehehehehe...

Ainda tinha sobremesa, não passei perto pela mais absoluta falta de espaço. E tb pq, peguei uma birra tão grande de Sagú, quando minha mãe era criança foi forçada pelas freiras do colégio em que estudou a comer e passou mal aí ela sempre falou mal disso e nunca fez, eu já experimentei, mas não vi graça.
                    
Excelente restaurante. Valeu muito a pena.