quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

11/11/2017: PIOR VÔO DA MINHA VIDA, PIOR LOCADORA DE CARROS DA MINHA VIDA E ÉPERNAY, AÍ A RAIVA PASSOU, MAS O SONO NÃO.

Vamos lá, tudo normal no JFK até o avião, 767-300 velhão, mas beleza, já viajamos em 757 mais velho que este sem problemas, 767 da LATAM (novinhos) e da AMERICAN (não tão novinhos) sem problema algum, mas...desta vez foi de lascar.

Cabine antiga, bancos não baixavam absolutamente nada, poltronas do meio sem ter onde apoiar a cabeça, pelamordedeus, que bosta de viagem. Chegamos em Paris moídos, aí fui buscaro carro (Budget), atendimento eficiente sem problema algum, até procurar o carro, mas cadê o carro? Chuva, frio, escuro e cadê o carro? Até que ia voltando pra fazer a toupeira me mostrar onde estava e vi uma luzinha acendendo, bom achei o tal do Nissan Qashqai, mas achei tb uns riscquinhos no mesmo, toca voltar dentro do aeroporto pra perguntar, aí o cara falou assim, vai lá, tira umas fotos e guarda...hehehehehe...se precisar, na devolução, vc mostra. Beleza, partimos pra Épernay destruídos.

 Bonitinho, mas ordinário...hehehehehe...a foto era pra estar no post de ontem, mas como a canseira foi no dia seguinte, tá ele aqui.


 Partiu Épernay!!!

 Era um sábado, tudo fechado e apagado nas cidadezinhas em que passamos. Meio estranho, mas depois descobri o que era.


 Chegamos  a região de Champagne, 33.500 ha, onde um hectare de vinhedos de produção do famoso espumante custa em torno de 30 milhões de euros, é isso, mesmo. 30 milhões de euros o hectare, mas calma que pode piorar, daqui 2 dias, Bougogne, lá o ha de Grand Crú é mais caro que isso.

 Ruas vazias e trânsito desviado, 11/11 é feriado por conta do final da primeira guerra mundial, este ano fez 99 anos. Acho que era por isso que absolutamente tudo que vimos na estrada estava vazio, apagado e fechado.

 Taí o prédio principal da Moet & Chandon, seguinte, hoje a LVMH produz mais de 10% de todo o champagne do mundo, cerca de 30 milhões de litros, é uma corporação gigante. Numa próxima oportunidade, nossa visita não será em uma grande empresa assim, desta vez, fomos pq era mais fácil de encontrar, reservar e conhecer. São donos da Veuve Clicquot, da Hennessy, Don Perignon, Chateau d´Yquem, Glenmorangie só na parte de bebidas, pq tb são donos da Tag Heuer, Louis Vuitton, Kenzo, Dior, Fendi e até da Sephora, acredito que seja o maior conglomerado de marcas de luxo no mundo.


 Olha a cara de acabado do rapaz, olho mais vermelho que isso...hehehehehe...só tem um jeito.

 Nem dei muita bola pra história deles, pq depois que a família saiu, é apenas mais um negócio (gigante).

 Agora, sendo apenas um negócio ou não, as adegas são formidáveis, a quantidade de garrafas é imensa. São 40 milhões de garrafas produzidas aqui todo ano, se levar em consideração que a champagne mais simples demora 7 anos para ficar pronta, nestes subterrâneos existem no mínimo 280 milhões de garrafas, é mole? multiplica isso aí pelo champagne mais barato (50 euros) e teremos um depósito de 14 BILHÕES de euros, é mole?

 Todo champagne "NON VINTAGE" deve ser igual e tudo é feito para que seja, mas quando a colheita de um determinado ano é perceptivelmente acima da média, é feita uma edição especial com o ano, a última é a 2009 que foi lançada 15 dias antes  da nossa visita. E na adega fica exposta uma garrafa da última edição vintage, que seria trocada pela edição 2009 em alguns dias.



 Só neste buraco, 29.578 garrafas. 1.5 milhão  de euros...hehehehehe...



 Esta barrica de conhaque era a barrica preferida de Napoleão, que era chegado dos fundadores da vinícola e fica hospedado em uma casa de visitas na frente do prédio da Moet & Chandon. Depois que acabou guardaram de lembrança.

 Borra que é produzida durante a segunda fermentação, dentro das garrafas.

 Quando as garrafas são abertas para o engarrafamento definitivo, a pressão (6 atm) expulsa a borra, não perguntei sobre as perdas, mas com certeza não faz diferença, senão filtravam.


 As garrafas que ainda estão em fermentação usam esta tampinha mesmo...hehehehe...de refrigerante, apenas as garrafas prontas utilizam rolhas.

 Melhor parte, como sempre.



 A bitelona aí custa 6.000 euros.

 A estátua do criador do método, um frade, com o nome da champagne mais sofisticada da empresa, leva pelo menos 10 anos para ficar pronta.

 Apesar do trânsito já liberado, ruas continuavam vazias.




 Beterraba, a única cultura não ligada a vinho que vimos em grande escala foi esta.



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