quinta-feira, 26 de novembro de 2020

07/11/2020 PARTE 1: ALMAÚNICA, MIOLO & ALMOÇO.

9hs da matina encontramos o Leonel e a esposa, Elena, ele, dono de uma loja de vinhos em Santa Maria - RS, dá pra dizer fácil, que é um profundo conhecedor de vinhos e vinícolas brasileiras, pensa nas aulas que ele deu pra gente, ela, professora universitária com pós doutorado em Portugal (fraquinha a moça...hehehehe...) e apaixonada por vinho e gastronomia, contou de um coq au vin ( https://pt.wikipedia.org/wiki/Coq_au_vin ) que fez dias antes, deu água na boca.
Começamos pela Almaúnica, uma das vinícolas que mais chamou atenção, quando o Leonel nos enviou a primeira leva de vinhos brasileiros. Só de chegar já percebemos que ninguém está de brincadeira neste ramo. Ao mesmo tempo, uma notícia triste, um dos sócios, Márcio Brandelli, amigo do Leonel e da Elena faleceu no início do ano, era um apaixonado pelo que fazia. Mas é nítido que a irmã, toca o negócio com o mesmo capricho.
Pode parecer clichê, mas não parece Brasil...hehehehehe...
Tomando os cuidados mínimos por conta do coronga, mínimos, mas necessários.
Lembra a Toscana, mas apenas lembra, pq conforme os dias se passaram, a personalidade brasileira das vinícolas e dos vinhos ficou bem clara.



Então tem curioso no ramo? Onde?
Da esquerda pra direita, Elena, Leonel, Karen, Eu, Zé e Claudinéia.
A propósito, os dois, viajaram cerca de 300km para encontrar a gente em Caxias do Sul, é mole? Não vou postar todos os vinhos de cada vinícola que provamos, apenas exemplos que nos chamaram muito a atenção.
Estes dois aí topam qualquer parada, desde que o almoço não atrase (no caso do Zé, a Claudinéia não liga...hehehehehehe...)


Segunda vinícola do dia, Miolo, este é um dos maiores players dos vinhos brasileiros, além de um dos mais conhecidos, desde sucos, até vinhos únicos de mais de US$100.00 (pra ficar fácil de entender o preço no futuro, se colocar em reais, talvez fique defasado).

O Miolo Lote 43 é a homenagem ao italiano Giuseppe Miolo, patriarca da família, que chegou ao sul do Brasil no ano de 1897, na região em que hoje está localizado o belo Vale dos Vinhedos. O vinho carrega o nome da terra comprada pelo imigrante no ano da sua chegada. Em 2008, estas terras ficaram dentro da demarcação com Denominação de Origem da primeira região vitivinícola do Brasil. O Miolo Lote 43 é produzido com uvas Merlot e Cabernet Sauvignon, reunidas em um corte harmônico selecionado pelo enólogo da família, Adriano Miolo.

Texto marcado em negrito foi copiado do site deles, fica mais fácil entender, pra mim, este aí e o Quinta do Seival (CS e castas portuguesas) são os melhores exemplos de vinhos brasileiros excelentes e com preços bem aceitáveis.
Parece foto de propaganda aí em cima...hehehehehe...os vinhedos que estão na foto, são os vinhedos do Lote 43. E abaixo a sala de aula, foi bom saber que oferecem cursos rápidos pra quem quer aprender um pouco mais sobre vinho.
Pipas abaixo era feitas de araucária, hoje guardadas como parte da história.
Cave, não perde nada para nenhuma vinícola que visitamos até hoje.
Isso aí de baixo é da minha época.
Eu como sou fã de garrafas grandes, pedi para o Zé colocar a mão em uma das garrafas Imperiais de Millésime de 6 litros.


Personagens permanentes da viagem toda, as araucárias são um capítulo a parte.
Prédio principal da Miolo.

Partiu almoço e que almoço, excelente por sinal e finalmente o capeletti in brodo que queria comer desde ontem a noite. Tudo muito bom na parte dos comes.
Já na parte dos bebes, resolvemos experimentar um vinho da própria vinícola onde fica o restaurante, Leonel comentou sobre um detalhe do proprietário, mas resolvemos experimentar, serviu para, pela primeira vez (pra mim) prestar atenção e notar um defeito grave em um vinho, sem ninguém comentar. O aroma era de curral, esterco, é mole? Parece que é causado por um fungo chamado Brettanomyces ou Brett para os íntimos, o vinho não estava estragado, apenas era ruim e com um defeito grave no meu ponto de vista.
Taí o capeletti, veio só um pouquinho, eu poderia comer uma panela disse. Depois repeti, mas já estava uma bola, não coube muito.
Risotto...
Capeletão recheado de abóbora com carne seca, acho que é Tortelli que fala, mas lá chamam de Tortei.
Codorna, o único defeito que tem é que precisa de uma meia dúzia pra começar a ter graça. Não rende.

Mais risotinho, o de cima é espaguete a carbonara.
Carneirinho, neste opnto eu não aguentava mais ver comida, só tinha deixado um espacinho para a segunda dose de capeletti.
Neste ponto, a ambulância já havia sido chamada para me levar de volta pro hotel...hehehehehehehe...

Ainda tinha sobremesa, não passei perto pela mais absoluta falta de espaço. E tb pq, peguei uma birra tão grande de Sagú, quando minha mãe era criança foi forçada pelas freiras do colégio em que estudou a comer e passou mal aí ela sempre falou mal disso e nunca fez, eu já experimentei, mas não vi graça.
                    
Excelente restaurante. Valeu muito a pena.




2 comentários:

Giba disse...

Que legal ver a profissionalização das vinícolas brasileiras.

Alessandro Z & Karen T disse...

Verdade, há muito tempo queria ir para o Vale dos Vinhedos, mas não achava que iria encontrar vinhos interessantes, uns 6 meses antes da viagens comecei a mudar de idéia por conta de um amigo nosso, que estava na viagem, inclusive. Quando chegamos lá, foi sensacional.